A Confederação Nacional de Notários e Registradores (CNR), realizou, nesta sexta-feira (10), uma palestra sobre o combate ao assédio moral e sexual no trabalho para o Cartório do 2º Ofício da Comarca de Rondonópolis–MT. O evento foi organizado pela advogada e assessora sindical da CNR, Jackeline Barreto, e contou com a participação da diretora de Mato Grosso da CNR, Dra. Maria Aparecida Bianchin, e do advogado e consultor jurídico corporativo Isaías Diniz Nunes.
A palestra tratou das recentes atualizações da Norma Regulamentadora Nº 5 (NR-5), que alteraram o nome da CIPA, antiga Comissão Interna de Prevenção de Acidentes, para Comissão Interna de Prevenção de Acidentes e Assédio. Com a atualização da norma, também foi instituída a criação do programa Emprega + Mulheres. A iniciativa promove a entrada e a permanência das mulheres no mercado de trabalho por meio de ações de apoio à equidade de gênero.
Durante a palestra, foi destacado a importância dos colaboradores em reconhecer situações de assédio moral e sexual, bem como outras maneiras de violência no ambiente de trabalho. Além da conscientização por parte dos colaboradores, a apresentação mostrou possíveis ações que os Cartórios devem tomar para coibir práticas de assédio e as obrigações de criarem uma cultura organizacional baseada em valores de respeito e inclusão.
O encontro contou com a palestra do advogado e consultor jurídico corporativo Isaías Diniz Nunes. Com experiência na área do Direito do Trabalho, Responsabilidade Civil e Compliance, o profissional detalhou mais profundamente os diferentes tipos de violência e quais os caminhos para fazer uma denúncia. Outro tópico abordado são as consequências deixadas para as vítimas de casos de assédio moral e sexual, que vão desde problemas de convívio social até efeitos negativos na saúde mental.
A diretora da CNR, Aparecida Bianchin, ressaltou que a identificação dos diferentes tipos de violência e o conhecimento sobre os canais de denúncia são passos essenciais na prevenção ao assédio. Além disso, as consequências para as vítimas impactam diretamente sua saúde mental e suas relações interpessoais, exigindo uma atuação firme das instituições.
Jackeline enfatizou que reconhecer e enfrentar o assédio moral e sexual no ambiente de trabalho é uma responsabilidade coletiva. “A conscientização dos colaboradores e a atuação dos Cartórios são essenciais para coibir o assédio e promover uma cultura organizacional pautada no respeito e na inclusão.” Concluiu.
Selo Cartório Mulher
Visando a construção de bons ambientes de trabalho às mulheres, a CNR criou o “Selo Cartório Mulher”. A ação promove os Cartórios que apresentam ações afirmativas para as mulheres em suas culturas organizacionais. O projeto busca mostrar que os ofícios extrajudiciais estão alinhados com as recentes tendências de promoção do bem-estar dos colaboradores no ambiente de trabalho.
Em breve a íntegra da palestra estará disponível no canal do YouTube da CNR: www.youtube.com/@confederacaonacionaldenota533