Ofícios extrajudiciais devem priorizar gestão de pessoas e aplicar técnicas de gestão empresarial para maximizar oferta de serviços à população
A oferta de serviços com agilidade e segurança jurídica fazem com que os cartórios extrajudiciais sejam instituições que transmitem grande confiança aos usuários. Para manter o bom atendimento à população é necessário aplicar técnicas de gestão empresarial e de pessoas, orientaram os palestrantes da Conferência Nacional de Cartórios 2018 (Concart) realizada nos dias 26 e 27 de abril em Foz do Iguaçu.
Mas quais são os limites do empreendedorismo nos cartórios? Apesar de ser mais limitado do que nas empresas de tecnologias, por exemplo, a administradora de empresas e professora Giovanna Carranza, lembrou que existem formas de adaptação. à gestão de pessoas a parte mais difícil, destacou Carranza, lembrando que muitos cargos de gestão são ocupados por pessoas despreparadas.
O professor e consultor legislativo do Senado, Carlos Elias, também participou do painel, que teve como tema Cartório-Empresa: Empreendedorismo e Gestão de Pessoas e foi mediado pelo tabelião Rogério Bacellar Filho. Os cartórios são uma das instituições mais importantes devido a fé pública para realização de atos relativos a pessoas e empresas, analisou Elias.
O consultor ainda explicou que os os ofícios trabalham tanto com atos meio, como com atos fim – que são as escrituras, as atas e os registros de nascimento e documentos e que apesar de não poderem inventar novos atos fim, várias necessidades sociais e de mercado têm surgido e podem ser acolhidas por meio desses atos, gerando novos tipos de serviço. Ao caso das atas que servem para registrar crimes cibernéticos e das escrituras de reconhecimento de paternidade, por exemplo.
Limites
A questão do parcelamento dos emolumentos nos ofícios extrajudiciais foi um dos itens comentados na palestra. Elias explicou que atualmente os Registros de Imóveis, que não representam concordância entre si, já podem oferecer a comodidade do pagamento em ata 10 vezes. JA? os Tabelionatos de Notas, que são concorrentes, podem oferecer o parcelamento de no máximo três vezes.
