Impacto das novas tecnologias nos serviços extrajudiciais foi tema da II palestra da Concart
Em seguida, Otávio Soares iniciou sua apresentação comentando acerca de um estudo sobre a aplicabilidade do Blockchain no âmbito dos cartórios extrajudiciais. Abordou casos em que mesmo com certidões em dia o vendedor não conseguiria realizar duas vendas. Chamou a atenção para o fato de que a rede blockchain ”proporciona confiança e transparência e evita falhas, proporcionando mais segurança às transações”.
Segundo ele, graças a essa tecnologia, pela primeira vez na história da humanidade duas pessoas que não se conheciam realizaram uma transação em uma rede não confiável, que é a internet, de maneira 100% segura, o que revolucionou a área da tecnologia.
Camila Jimene lembrou que o Blockchain funciona como um grande livro contábil que registra vários tipos de transações e possui registros espalhados em vários computadores. Ela abriu sua participação destacando que atualmente vive-se em um modelo de tecnologia disruptiva, em que tudo muda a todo momento e novas tecnologias estão sempre surgindo. Diante desse cenário, a informação tem valor muito relevante e por isso precisa ser protegida, destacando-se a necessidade de segurança da informação. “Tudo acontece em tempo real e as consequências são quase imediatas, mas evidentemente as leis não vão no mesmo fluxo da evolução tecnológica”, lembrou.
Diante disso, Jimene ressaltou a utilização da ata notarial como forma de prevenção no meio digital. Atualmente as funcionalidades da ata para tal finalidade são muitas, desde a preservação de arquivos eletrônicos, registro de conteúdos digitais que vem por caminhos como o whatsapp, preservação de publicações, registro de quantidade de ligações telefônicas, existência de logs em servidores, restauração de backup, clonagem e lacração de Hds entre outros.
A palestrante também citou outras novidades tecnológicas no segmento extrajudicial, entre elas o uso de drones para lavratura de atas notariais e o reconhecimento de firma com a utilização de QR Code. “Embora o direito viva a reboque da tecnologia, a tecnologia não tem volta. E o que será o futuro? A tecnologia Blockchain”, finalizou.
O teor completo das palestras será disponibilizada em breve pela CNR.